FELIZ NATAL 2014 !!!

 
Mas, o que é um feliz natal?
Roupas novas? Luzes na sala e na frente da casa? Pintar a casa? Confraternizações? Trocar presentes?
Tudo isso é externo, é aparência – e a essência? O nosso bem estar?
Natal é tempo de alegria, de rever os amigos, de fazer boas ações. Mas, e durante o resto do ano, como temos conduzido a nossa vida?
Se esperarmos para viver bons momentos, compartilhando-os com amigos e familiares, apenas em período de festividades como o natal, por exemplo, estamos desperdiçando as oportunidades que, com toda certeza, surgem ao nosso redor, basta que percamos algum tempo para percebermos.
Quase que invariavelmente, estamos ocupados demais, cuidando das necessidades que, diga-se de passagem, quase sempre também são criadas por nós mesmos e na maioria das vezes nem são tão importantes assim. E por estarmos tão ocupados, não dispomos de tempo para ver um bom filme, junto com os filhos, o marido, a esposa, os amigos, etc.; não saímos para dançar; não praticamos esporte ou pelo menos uma boa caminhada; não ouvimos uma boa música – e música boa é aquela que mexe com a gente – e por que não somos mais atrevidos e procuramos aprender a tocar algum instrumento? Eu, por exemplo, não largo a minha gaita, que anda sempre comigo – não toco lá grande coisa, mas arranho em vários estilos musicais e faço um bocado de barulho.

Então, quando vamos ter um tempo para nós mesmos e para o que nos é mais importante? Quando não estivermos tão ocupados. E se não tivermos mais esse tempo? Ou se tivermos o tempo, mas não tivermos mais a condição de usufruir dele? Talvez deixar para viver depois não seja uma boa ideia, porque pode não existir mais esse depois.
Então, a hora de ser feliz é agora, sendo natal ou não. Todos os dias do ano são dias propícios para fazer o bem, para visitar os amigos, para viver bons momentos, para ser feliz.
A felicidade e alegria do natal só serão algo concreto se tivermos construído, com nossas atitudes, todos os dias do ano, os caminhos para essa felicidade e essa alegria.
Feliz natal! – e feliz também todos os dias da sua existência.
Um abraço.
Gilson Tavares
Psicanalista Clínico e Especialista em Gestão de Pessoas
 


A competência emocional como diferencial na carreira profissional

Não escolhemos ser quem somos, uma vez que somos o resultado da nossa genética, da história da nossa família e das experiências de vida que tivemos, mas, se não podemos escolher quem somos, podemos escolher como somos.

 

Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos. Então, se pretendermos mudar o mundo ao nosso redor, o primeiro passo é mudar a si mesmo. Podemos mudar o mundo, mas, o primeiro passo é mudar a si próprio.
Podemos esperar que as oportunidades, ou até mesmo as dificuldades, determinem a forma como vamos experimentar e enfrentar os diversos momentos da nossa vida, ou podemos sair do papel de vítima - assumir o controle da própria vida e construir a maneira como vamos viver a nossa vida, nas mais diversas situações e oportunidades que são colocados no nosso caminho.
Mudanças nos resultados só são conseguidas com mudanças nas atitudes, para isso, é necessário sair da zona de conforto, fazer autoavaliação, encontrar o que podemos, e devemos mudar, e partir para a ação.
Mudança de atitude exige mudança de visão. Esperar que a sorte ou que o acaso resolva as nossas questões ou realize os nossos projetos é como querer colher o que não plantou. Cobrar que as oportunidades batam a nossa porta também não é uma atitude muito acertada. Eficiente mesmo é assumir as rédeas da própria vida, aproveitar as oportunidades surgidas ou buscar formas de fazer elas acontecerem. 
Afinal, ter sorte na vida não é fruto do acaso, é o resultado de está preparado para aceitar a oportunidade surgida, somado a atitude e disposição de assumir também as responsabilidades inerentes, com todos os seus benefícios e sacrifícios.
Nossos comportamentos são o resultado da forma como enxergamos e como enfrentamos as situações surgidas no nosso caminho. Significa que, a forma como agimos diante das dificuldades, adversidades e conflitos, depende muito da forma como encaramos a situação, e a forma como encaramos a situação depende muito da forma como lidamos com nossas emoções e sentimentos.
Nossos sentimentos e emoções geram nossos comportamentos. E o que gera nossos sentimentos e emoções? Podemos dizer que a forma como enxergamos as situações são determinantes para os sentimentos que temos diante das situações e para a forma como expressamos as nossas emoções. Então, percebemos que criamos um círculo vicioso: sentimentos e emoções que são gerados pela forma como encaramos as situações, e que, por sua vez, são determinadas pelos sentimentos e emoções envolvidos nas situações.
A emoção é influenciada pelo sentimento envolvido em cada situação, e esse, o sentimento, é gerado pela forma como percebemos e avaliamos essa situação. Dessa forma, os sentimentos envolvidos em uma determinada situação tem uma importância determinante nos resultados que serão obtidos, uma vez que as atitudes determinam diretamente esses resultados, e essas, as atitudes, são influenciadas pelos sentimentos.
Conhecer as nossas emoções pode levar-nos à aprender a lidarmos melhor com elas, levando à respostas mais equilibradas nas situações do nosso dia-a-dia. Se você não se conhece, não encontra as razões que limitam o seu viver e não poderá buscar recursos internos para eliminar essas razões. Só praticando o autoconhecimento você poderá descobrir o que lhe motiva e o que lhe faz funcionar
 Dessa forma, podemos perceber porque não é fácil controlar a forma como agimos e como reagimos diante das situações, uma vez que, nossas ações são determinadas por nossos sentimentos e emoções, e que, não temos controle sobre eles. Mas, podemos pensar em alguma forma que possa contribuir para que possamos ter sentimentos e emoções mais equilibrados? Buscando, assim, comportamentos mais equilibrados?
Se existe alguma forma disso acontecer, talvez, um dos caminhos para tal, passe pelo caminho do autoconhecimento.
O autoconhecimento é o ato de olhar para dentro de si mesmo e de encontrar a sua essência. È descobrir quem realmente somos; porque somos como somos; porque agimos como agimos; porque sentimos como sentimos; porque reagimos como reagimos.
O autoconhecimento é um ato de decisão e coragem. Decisão de fazer uma jornada sem sempre fácil em busca de si mesmo, e coragem para se enfrentar e enfrentar as suas dificuldades e limitações. O autoconhecimento eleva a autoestima, pois leva ao conhecimento das capacidades internas, levando à identificação das forças e fraquezas.
O autoconhecimento nos leva à adquirir lições de cada experiência vivida, a reconhecer as próprias limitações e a buscar ajuda, quando necessário. O autoconhecimento nos permite fazer escolhas mais acertadas, visto que, nos conhecendo melhor, podemos analisar as razões das nossas escolhas, tendo mais possibilidade de realmente fazer melhores escolhas.
Buscando o autoconhecimento podemos colocar mais sentido na nossa vida, aprendendo a desenvolver as habilidades que temos e aprendendo a criar metas e objetivos que façam a vida ser mais proveitosa e satisfatória.
Os resultados que obtemos do mundo são diretamente proporcionais à qualidade das
atitudes que temos com as pessoas e com o mundo ao nosso redor. Ou seja, recebemos como resposta exatamente àquilo que damos de nós mesmos.
Somos seres emocionais e a emoção é determinada pela maneira como representamos a situação e pela avaliação que dela fazemos. E são exatamente as emoções que determinam as nossas respostas às situações.
Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos, e uma mudança de postura exige também uma mudança de visão. Sabendo que as nossas atitudes são determinadas pela forma como enxergamos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor, percebemos que, se queremos resultados diferentes, precisamos ter atitudes diferentes, e o primeiro passo para termos atitudes diferentes é buscando construir uma nova visão de si mesmo e do mundo ao seu redor.
Não escolhemos ser quem somos, uma vez que somos o resultado da nossa genética, da história da nossa família e das experiências de vida que tivemos, mas, se não podemos escolher quem somos, podemos escolher como somos. São as nossas atitudes que dizem quem somos, e dessa forma, são elas que determinam o nosso caminho e a nossa história, determinando também a qualidade de vida que construímos.
A forma como respondemos às diversas exigências e provocações surgidas no nosso cotidiano são uma valiosa fonte de informação, que podemos fazer uso para conhecermos mais sobre nós mesmos.
Os pensamentos produzem os sentimentos, que, junto com as emoções desencadeadas por esses sentimentos, produzem as nossas ações, atitudes e respostas às situações.
Desenvolver a autogestão é buscar formas mais equilibradas e saudáveis de responder às exigências e provocações surgidas ao longo do caminho.
A competência emocional de um indivíduo reflete diretamente na qualidade de suas relações interpessoais e no desempenho de suas funções laborais. Segundo Vygotsky, educador russo, todo ser humano se constitui um “ser” pelas relações que estabelece com os outros seres humanos. O sujeito é interativo, porque constrói conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. Daí a importância de se trabalhar a qualidade dessas interações.
A autogestão é a forma como atuamos no mundo, como direcionamos as nossas atitudes, como reagimos às provocações do mundo ao nosso redor e como nos relacionamos com as pessoas.
A inteligência emocional é responsável pela forma como atuamos e como reagimos diante das diversas situações. Se encontramos formas equilibradas no enfrentamento das adversidades e dos desafios ou se agimos de forma descontrolada, impulsiva ou inconsequente, o nível de desenvolvimento da nossa Inteligência Emocional é que vai ter grande influência, ou mesmo determinar essas nossas ações.
A Inteligência Emocional pode ser desenvolvida, aprendida, praticada, quando buscamos aprender à cada momento, à cada situação, à cada problema enfrentado, se estamos abertos para o crescimento pessoal, partindo sempre do autoconhecimento, fazendo autoanálise, para encontrar razões para os sentimentos, que são as fontes geradoras dos comportamentos.
Praticamos a Inteligência Emocional quando procuramos reconhecer as nossas próprias emoções e procuramos compreender as razões delas, para que assim, possamos aprender mais sobre nós mesmos; quando aprendemos a lidar com as próprias emoções, adequando-as ao contexto e a situação, dominando os impulsos e transformando as emoções negativas em positivas; quando praticamos a automotivação, não dependendo de motivações externas para agir; quando aprendemos a reconhecer a emoção dos outros, sabendo se colocar no seu lugar; quando aprendemos a lidar com os relacionamentos, respeitando a individualidade, desejos e sentimentos de cada pessoa.
A única pessoa que pode controlar seus sonhos é você mesmo. E, por sua vez, a única pessoa que pode agir a favor da realização de seus sonhos também é você. Não espere outra pessoa pegar você pela mão e te ajudar a tornar sua própria vida mais feliz. Tenha um plano de ação com os caminhos necessários para transformar em realidade as suas metas estabelecias. Fazer um plano de ação é buscar conhecer e desenvolver as próprias habilidades, em prol da construção dos caminhos necessários para a realização das metas.
Sonhos nunca se tornarão em realidades se não forem transformados em metas. E o que fará a diferença nessa transformação é a atitude em relação aos sonhos. Então, se você tem sonhos, não espere que o acaso, a sorte ou que alguém os realize por você. ATITUDE, essa é a palavra.
De resto, é sempre bom lembrar que “O mais importante não é o que a vida ou os outros nos fazem, e sim, no que transformamos o que a vida ou os outros nos fazem.” (Gilson Tavares)
Referências bibliográficas:
Goleman, Daniel.Trabalhando com a inteligência emocional.Objetiva Ltda.Rio de Janeiro. 1998
Vygotsky, Lev.A formação social da mente.Livraria Martins Fontes Editoria Ltda.São
Paulo.1991

Publicado na Administradores.com.br
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